Há questões que não podem esperar a resolução de momentos de crise para serem discutidas. O meio-ambiente é uma delas. Os avanços do aquecimento global, o avanço das cidades, o aumento d a pobreza, a poluição no Planeta. Tudo contribui as catástrofes causadas por alterações climáticas, como os recentes furacões que atingiram a América do Norte e América Central e, principalmente, as consequências causadas pelo homem na natureza, como o triste caso brasileiro envolvendo a Samarco, na cidade de Mariana, Minas Gerais.
O mercado de seguros conhece de perto os impactos desses eventos. Tanto é que o produto para Riscos Ambientais tem crescido nos últimos anos no Brasil; o aumento foi de 28% entre 2015 e 2016, de acordo com a Susep. A meta para 2017 é ultrapassar a marca de R$ 60 milhões em prêmio emitidos. O primeiro semestre desse ano parece promissor: já chegou à marca de R$ 31 milhões.
Preocupações
Antes, havia a crença de que apenas as grandes indústrias deveriam se preocupar com questões como poluição. “Hoje é uma preocupação de todos os setores, inclusive o de obras”, exemplifica Ana Albuquerque, Financial Lines Manager da Willis Towers Watson Brasil. A severidade dos danos que podem ser causados varia de acordo com a atividade de casa empresa e esses danos potenciais ao meio-ambiente são imensuráveis.
Por isso, as coberturas necessárias devem ser bem estudadas antes da contratação. Entre as principais opções de proteção estão a Responsabilidade Civil dos segurados por danos pessoais,materiais e morais causados a terceiros; coberturas para custos de limpeza em locais segurados e externos – incluindo investigação, quantificação, salvamento, remoção, descarte e monitoramento da condição de poluição ambiental.
A limitação temporal não faz parte da apólice, isso quer dizer que a empresa que contrata a proteção pode contar com o produto tanto para eventos súbitos e acidentais quanto para a poluição gradual. Coberturas para descarte de resíduos do segurado e de terceiros; custos judiciais de defesa, restauração e transporte de contingentes também estão na lista.
Transporte e Sinistros
Ana acrescenta ainda que seguros que permeia essa carteira também têm se destacado. É o caso do RC Transporte Ambiental, que teve aumento de 48% nas cotações no primeiro semestre. “Ele vem ganhando destaque, pois difere do produto de Seguro de Transporte tradicional e prevê cobertura para material derramado, remoção e transporte de resíduos, além da restauração do local em caso de dano ambiental”, afirma. Lembrando que a modalidade faz parte do RC Ambiental.
Ainda existe espaço para muito aprendizado sobre o assunto, já que o crescimento é bom, mas a modalidade ainda tem uma lacuna de proteção a preencher. É no transporte que está o maior índice de sinistros, de acordo com informações da Willis, representando a maior ameaça. Em seguida, a questão são os danos à reputação. Notícias de que determinada empresa causou um grande desastre podem continuar a se perpetuar, manchando sua fama, mesmo após o problema ter sido resolvido e indenizado.
Prevenir
Portanto, qualquer que seja seu ramo de atuação, é importante consultar o corretor para que ele diga se há e qual seria os riscos ambientais na empresa, qual a apólice que deve ser fechada. Muitas mudanças de legislação deverão ocorrer em prol da causa ambiental, o corretor especializado, que acompanha essas mudanças, é peça chave para que, em caso de acidente, o seguro faça sua parte, mitigue riscos, lide com as multas e ajude a fazer com que empresas possam atuar de maneira responsável e sustentável sem correr o risco de ter seus negócios interrompidos.
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